Produção de aprendizagem
O ser humano, como ser social, é constituído e constituinte do processo do trabalho pela linguagem, pela cultura e pela educação, ou seja, o ser humano é o construtor de sua própria vida social e de sua própria história, sendo que essa construção se dá em sociedade com outros indivíduos.
Émile Durkheim, um dos grandes autores da educação, conhecido como o pai da sociologia e o pioneiro da sociologia da educação, nos traz reflexões sobre a sociedade, entendida como um conjunto dos fatos sociais. Durkheim conceitua fato social como toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou então, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter. Para esse ator, o estudo da sociedade é demarcado pelos fatos sociais entendidos como “coisas”, ou seja, fatos exteriores aos indivíduos, de caráter objetivo e que obedecem as leis positivas, gerais e, no limite, invariáveis, o que denota a sua concepção positivista de sociedade para a qual os indivíduos deveriam se moldar e não transformar, para Durkheim, não interessam as manifestações individuais dos fatos sociais, mas apenas as coletivas, para o mesmo, não é possível dizer que a sociedade constitui-se da soma das individualidades, mas sim, que é algo totalmente estranho às manifestações individuais. A educação não deixa de ser para Durkheim, um motor da coerção social, ou seja, um mecanismo de imposição da herança social que cada indivíduo deve assimilar e reproduzir em sociedade, para esse ator, a educação concebe um movimento duplo, de um lado, como impositora de valores e regras sociais a serem assimiladas pelas novas gerações, por outro lado, a necessidade intrínseca dessa “imposição” para a perpetuação da sociedade coesa, como um organismo em bom estado de funcionamento. A sociedade tende, segundo o ator,