Processo histórico da alfabetização
No Brasil, estava sendo outorgada a Constituição de 1946, colocando no Estado a responsabilidade de garantir os direitos e liberdade de todos.
Nessa agitação pela democracia, a educação também estava sendo mobilizada para esse fim só que ela era vista sob diferentes pontos de vista. Do ponto de vista político o Estado Democrático deveria promover uma educação pública garantindo que todos tivessem acesso a ela. Já do ponto de vista econômico, esta universalização da alfabetização e ampliação dos níveis escolares para a população, não tinha um caráter democrático e não existia pela bondade do Estado, mas porque a educação estava a serviço do desenvolvimento do capitalista. Era preciso educar o povo para atender a demanda do capital, as pessoas precisavam dominar a leitura, a escrita e operações matemáticas. Era preciso treinar habilidades para o mercado de trabalho.
A década de 60 exalou essa concepção funcional da educação, o aluno precisa aprender a ler e escrever para atender uma demanda econômica do capitalismo. É inclusive realizado o Congresso Mundial de Ministros da Educação sobre a erradicação do Analfabetismo em Teerã em 1965 que incorporou essa dimensão da alfabetização como preparação para o trabalho.
A década de 60 também é marcada por uma intensa mobilização política e social em torno da alfabetização, os sindicatos, estudantes, os trabalhadores,