Resenha: FATOS HISTÓRICOS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A obra intitulada “Os Sentidos da Alfabetização”, de Maria do Rosário Longo Mortatti, professora de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília – UNESP, mestre e doutora em Educação pela Unicamp e livre-docente pela UNESP, aborda as transformações que o Brasil sofreu em relação à educação, sendo a presente resenha estruturada com base em sua introdução e no primeiro capítulo da obra. No capítulo introdutório do seu livro, Mortatti descreve quatro marcos importantes na História da Educação Brasileira que, ao longo do seu livro serão analisados mais detalhadamente. O primeiro momento menciona a publicação da Cartilha Maternal no ano de 1876 e a divulgação dada por Antonio Silva Jardim a partir do início da década de 1880. No segundo momento apontado por Mortatti, surge a disputa entre o novo método analítico para o ensino da leitura e os que continuavam a defender os tradicionais métodos sintéticos. Somente a partir da década de 1920, no terceiro marco da Educação Brasileira de acordo com a autora, surgiu a proposta do método misto, isto é, uma junção do método analítico-sintético ou vice-versa, considerado mais rápido e eficiente, sendo também este o período em que começaram a ser produzidos os manuais do professor acompanhando as cartilhas. No ano de 1934, Lourenço Filho, ligado à Escola Nova, produziu o teste do ABC, constituído de oito provas que seriam necessárias para verificar e medir o nível de maturidade necessária ao aprendizado da leitura e da escrita, a fim de classificar os alunos, visando à organização de classes homogêneas, a racionalização e a eficácia da alfabetização. Já no quarto momento levantado por Maria do Rosário Longo Mortatti, especificamente a partir do final da década de 1970, surge o