Bee, helen a criança em seu desenvolvimento.
A discussão sobre a natureza versus o meio ambiente, também conhecida como hereditariedade versus ambiente ou nativismo versus empiricismo, é uma das mais antigas e centrais questões teóricas tanto da psicologia quanto da filosofia. Entretanto, o que fica claro após a leitura de A Criança em Desenvolvimento é que ao observarmos o crescimento das crianças, faz-se necessário para a compreensão do funcionamento do desenvolvimento das mesmas, explorarmos tanto os fatores biológicos como também os culturais, bem como a interação ocorrida entre ambos, para a partir de então, explicarmos o que permanece e o que muda. Afinal, como enfatiza a autora, tanto o fator hereditário quanto o meio são essenciais e paralelos. Existem pelo menos duas maneiras para se observar as influências entre natureza e meio ambiente. Uma delas é procurar padrões de interações comuns e normativos entre natureza e meio ambiente, outra forma é atentar-se variações que ocorrem de criança para criança nas interações natureza/meio ambiente: o efeito diferenciado que o mesmo ambiente acarreta em crianças diferentes.
Uma referência importante é o estudo da vulnerabilidade e resistência das crianças. Para Horowitz, a vulnerabilidade ou resistência inata interage de acordo com o ?caráter facilitador do meio?. Compreende-se que o mesmo ambiente surte efeitos diferentes, de acordo com as capacidades ou qualidades infantis. Outra questão muito enfatizada na psicologia desenvolvimentista é referente à natureza da mudança desenvolvimental: a criança amplia ?a mesma? capacidade, ou refere-se a um tipo novo de capacidade, essas mudanças seriam quantitativas ou qualitativas. A idéia da existência de estágios no processo de desenvolvimento da criança, sugere que a mesma, a cada novo estágio passa a agir de maneira diferente ao realizar as tarefas, passando concomitantemente a ver o mundo de uma forma nova e se preocupando com questões diferentes das do estágio