Processo de internacionalização: Caso Havaianas
As questões relativas ao comércio internacional assumem uma relevância cada vez maior no debate econômico nacional. O processo de globalização da economia e a necessidade de elevar o grau de competitividade de suas empresas têm levado os empresários brasileiros a reconhecerem a importância do mercado externo para o futuro de seus negócios.
De acordo com Porter (1986, p. 259), existem muitas diferenças entre, competir no mercado internacional e no mercado interno, que devem ser consideradas no desenvolvimento de uma estratégia competitiva internacional. Estas diferenças estão relacionadas ao fator custo, às circunstâncias próprias dos mercados externos, concorrentes estrangeiros e, principalmente, a distribuição.
Dentro deste contexto, a São Paulo Alpargatas optou pelo processo de internacionalização da marca Havaianas. Inicialmente a distribuição era feita apenas através de distribuidores locais. No entanto, tal estratégia prejudicou o posicionamento premium desejado pela organização, acarretando assim, a perda de controle dos canais de distribuição e tendo seu produto em pontos de venda indesejados.
Tendo em vista que, na época em que a Internacionalização ocorreu, a percepção do mercado internacional era de que o sapato brasileiro não tinha muita qualidade, então decidiu-se manter o controle dos canais de distribuição para não perder o posicionamento.
O objetivo deste trabalho de pesquisa foi verificar os canais de distribuição adotados pela São Paulo Alpargatas no mercado internacional, à luz do referencial teórico, com relação às sandálias Havaianas.
Hoje a marca está presente em mais de 150 mil pontos de venda em todo o Brasil, exporta para mais de 80 países e oferece produtos que vão muito além das clássicas sandálias.
2. HISTÓRIA
Em 1907 o escocês Robert Frasier, vindo da Argentina, associou-se a um grupo inglês e começou a construir a Fábrica Brasileira de