Processo de integração de pessoas com necessidades especiais nas aulas de educação física
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Historicamente, a preocupação de integrar o portador de deficiência na sociedade, ganhou grande força no período pós-guerra (final da década de 40), nos países que tiveram maior participação na guerra, como a Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, França, Itália e Espanha. (SANTOS, et al., 1993) Devido aos efeitos químicos e mecânicos da Grande Guerra, muitas pessoas começaram a fazer parte do grupo dos portadores de deficiência física. Este fenômeno gerou uma preocupação social, destes países atingidos, em integrá-los na sociedade, pois com o final da guerra, os envolvidos na batalha retornavam com seqüelas, e precisavam ser absorvidos pela sua sociedade. (SANTOS, et al., 1993) No Brasil, há relatos de alguns historiadores que no período da colonização, era uma raridade se ver índios com deficiências. Tais autores demonstram que as crianças que nasciam com deficiência eram sacrificadas pelos pais. Assim a maioria dos que restavam, assim o eram por causa de acidentes, de trabalho ou de batalha. (SANTOS, et al., 1993) Atualmente não existe uma estimativa precisa, mas no Brasil existem aproximadamente, cerca de 15 milhões deficientes (aproximadamente 10% da população brasileira), entre eles deficientes visuais, mentais, físicos, auditivos e múltiplos, e que representa um índice considerável a educação brasileira (ONU, 1994). Segundo SILVA (2001, p.1), “... no Brasil, as questões educacionais relativas à pessoa portadora de necessidades especiais foram contempladas no Decreto 914/93, que traça a Política Nacional de Educação Especial”. (Brasil, 1999). O referido dispositivo legal refletiu, à época, as discussões mundiais acerca da integração que resultaram na Declaração de Salamanca de 1994.” A Declaração de Salamanca, segundo a Coordenadoria Nacional Para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE, tem o objetivo de promover a Educação para Todos, analisando as mudanças fundamentais de