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A Influência da taxa de câmbio
A crise econômica de 2009 continua a abalar a economia de diversos países europeus, principalmente os menos desenvolvidos, como Espanha e Grécia. A adoção das políticas de austeridade e o alto endividamento são apontados como alguns dos principais fatores para que as nações continuem mergulhadas em recessão. Porém, além dos motivos mais aparentes, especialistas indicam um outro fator determinante para que a recuperação europeia seja tão lenta. No Brasil, a política cambial foi uma das formas que o governo encontrou para amenizar os problemas econômicos que assolaram os países desenvolvidos durante a crise. Assim, mesmo com o declínio da atividade econômica e das consequências devastadoras para a indústria nacional, os brasileiros não sentiram os reflexos da turbulência econômica em seus empregos ou renda tão fortemente.
A taxa de câmbio é o preço de trocas entre a moeda de dois países. "Em economia internacional utilizamos o dólar como moeda de referência, então, no Brasil, a taxa de câmbio é a taxa de troca entre o Real e o Dólar", conta. Em outras palavras, a taxa de câmbio determina quantos reais são necessários para se obter um dólar no mercado.
"A taxa de câmbio é tudo", afirma Samy Dana, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP). Ele explica que a taxa de câmbio afeta principalmente a inflação e os preços dentro da economia nacional, e isso vale mesmo para bens de consumo feitos dentro do país ou pequenos produtores rurais. Isto porque, além da quantidade de bens de consumo importados aqui dentro, muitas máquinas e matérias primas tem seus preços cotados na moeda dos Estados Unidos.
"Além desta presença massiva, há também o fato de que as matérias primas que são negociadas em todo o mundo, como petróleo, milho, soja, arroz, café, por exemplo, tem seus preços determinados em dólar. Ou seja, se há pouca oferta de algum destes produtos, o preço sobe