Princípios educativos gregos
A educação de fato é um objeto de grande preocupação do homem, e envolve duas abordagens de suma importância que é a ciência e a filosofia. Ambas foram muito discutidas por filósofos gregos, a ponto de se tornarem princípios educativos na formação do cidadão grego.
Podem-se destacar dois grandes modelos educativos opostos entre si, porém verdadeiramente exemplares: Atenas e Esparta. Deve-se destacar que ambos formavam regentes na sociedade, mas com caráter diferentes. Enquanto Atenas visava desenvolver regentes políticos que valorizava o individuo com suas capacidades de construção do próprio mundo, Esparta planejava formar regentes guerreiros, homogêneos a ideologia de um mundo fechado. Mesmo com todo esse contraste, a partir destes surgiram dois ideais de educação: de um lado o estatismo (Esparta) e do outro a Paidéia. (Atenas).
O estatismo de Esparta, também conhecido como conformismo, nada mais foi que apropriar-se do que era estritamente o necessário para a formação militar, ou seja, como o foco era a formação de guerreiros, o intelectual não era primordial. Já a concepção de Atenas foi de grande importância para a educação, tornando-se a noção-base da tradição pedagógica antiga. A Paidéia visa a formação integral do homem, levando em consideração outras culturas além da sua. Os atenienses acreditavam que para se chegar ao mesmo nível deles, os outros povos deveriam copiar o modelo de estruturação social. A Paidéia estimulava o exercício da reflexão e uma visão crítica de cultura tradicional, moralista e religiosa. Resumindo, a Paidéia ia além de formar o homem, buscava formar o cidadão ativo, que designa do resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida. Como escreve Marrou, 1966: 158: A Paidéia vem por isso a significar cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um