Podemos dividir a história da educação grega em três períodos:
1. O período antigo, que compreende a educação homérica, e a educação antiga de Esparta e Atenas;
2. O novo período, da educação no século de Péricles, sendo este o período áureo da cultura grega, que se inicia com os Sofistas e se desenvolverá com os filósofos/educadores gregos Sócrates, Platão e Aristóteles, e
3. O período helenístico, já de decadência, em que a Grécia é conquistada, primeiro pelos macedônios e depois pelos romanos. Atenas perde a sua posição de centro cultural do mundo em favor de Alexandria.
A educação grega, sobretudo a educação ateniense no seu apogeu, universalizada pelos romanos (Roma helenizou-se e depois se romanizou), patenteia ainda hoje as suas influências, tanto no modo como continuamos concebendo o que seja educação, como nos seus ideais educativos, e também em algumas das formas de realizar esses ideais, sobretudo por meio de conteúdos educativos privilegiados. Em suma, em matéria de educação, os gregos não só definem o modelo como indicam a pedagogia a ser seguida. Será por isso que, em qualquer compêndio de História da Educação, o lugar que aí é reservado à educação nos povos primitivos e nas civilizações orientais ou é diminuto, ou não existe. Somos levados a concluir que uma história da educação, com sentido e significado para nós, na nossa realidade educativa atual, começa na Grécia, porque é com os gregos que a educação se põe como problema.
E esta preocupação é dominante na Atenas do século V aC. Os sinais são bem evidentes:
1. O aparecimento dos Sofistas que se apresentam com novas propostas e soluções educativas, com um novo plano de estudos e com novos mestres, em nada semelhantes aos do passado;
2. Sócrates, que se diz impelido a realizar uma única missão, uma "missão divina", que ele entende como "missão educativa", e que questiona e problematiza: O que é educar? O que é ensinar e aprender? O que é a virtude e pode a virtude ser