Pressupostos Teóricos e Metodológicos de Alfabetização
1° momento- A metodização do ensino da leitura:
Asescolas existentes eram salas adaptadas, que abrigavam alunos de todas as séries e funcionavam em prédios não apropriados para esse fim; eram as “aulas régias”. O material para o ensino da leitura era precário. Iniciava-se o ensino da leitura com as chamadas “cartas de ABC" e depois se liam e se copiavam documentos manuscritos.Para o ensino da leitura, utilizavam-se, métodos de marchasintética (da "parte" para o "todo"): da soletração (alfabético), partindo do nome das letras;fônico (partindo dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons),partindo das sílabas. Dever-se-ia, assim, iniciar o ensino da leitura com a apresentação dasletras e seus nomes, ou de seus sons, ou das famílias silábicas. Posteriormente, ensinava-se a ler palavras formadas com essas letras e/ou sons e/ousílabas e, por fim, ensinavam-se frases isoladas ou agrupadas. Quanto à escrita, serestringia à caligrafia e ortografia, e seu ensino, à cópia, ditados e formação de frases,enfatizando-se o desenho correto das letras.As primeiras cartilhas brasileiras baseavam-senos métodos de marcha sintética.O “método João de Deus” ou“método da palavração” baseava-se nos princípios da moderna linguística da época econsistia em iniciar o ensino da leitura pela palavra, para depois analisá-la a partir dosvalores fonéticos das letras.Esse primeiro momento se estende até o início da década de 1890 e nele tem iníciouma disputa entre os defensores do "método João de Deus" e aqueles que continuavam adefender e utilizar os métodos sintéticos. Com essadisputa, funda-se uma nova tradição: o ensino da leitura envolve necessariamente umaquestão de método.
2° momento – A institucionalização do método analítico:
A partir de 1890, implementou-se a reforma da instrução pública no estado deSão Paulo. Do ponto de vista didático,