Pressupostos filosóficos e implicações educacionais do pensamento vygotskiano
O texto possibilita uma reflexão com a abordagem do inatismo e do ambientalismo, teorias psicológicas já formuladas sobre a constituição do psiquismo humano. Tratando, através destas, de como o sujeito aprende a se desenvolver e, consequentemente, as possibilidades da ação educativa. A primeira abordagem (inatista) enfatiza os fatores maturacionais e hereditários como definidores da constituição do ser humano e do processo de conhecimento. Esta perspectiva, porém, pode causar um questionamento a cerca dos processos de ensino e aprendizagem, haja vista que considera o desenvolvimento do aluno fruto de suas capacidades inatas. Ou melhor, não apenas as capacidades, como, também, as características comportamentais manifestas em cada criança. Já na segunda, a concepção ambientalista privilegia a experiência como fonte de conhecimento e de formação de hábitos de comportamento. Destacando, assim, os fatores externos ao indivíduo. Com isso, observamos duas teorias extremamente preconceituosas, que causam a exclusão de uma grande parcela de alunos. O capítulo aborda também outra concepção, a interacionista, que parte dos postulados de Vygotsky. Em sua concepção, ele ressalta questões como: a evolução do psiquismo, a iteração do homem com a sociedade, o processo de apropriação de experiência. E com isso, ele conclui que o homem transforma e, consequentemente, é transformado.
Na concepção sociointeracionista, Vygotsky rejeita os modelos baseados em pressupostos inatistas, haja vista que o inatismo universaliza as características comportamentais do homem. Ou seja, na concepção de Vygostsky, o que é destacado é uma interação dialética, isto é, se dá desde o nascimento, passando por todas as fases do indivíduo quando é inserido no meio social. Diferenciando-se, assim, das duas concepções abordadas inicialmente, o que faz com que a autora afirme que “o que ocorre não é uma somatória entre