Preconceito Línguistico
Preconceito linguístico — Ciência Hoje
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Preconceito linguístico
O que seria? Ele exist e? Se sim, qual a sua nat ureza? Na sua coluna de dezembro, o linguist a Sírio Possent i caract eriza o preconceit o linguíst ico, apresent a element os fact uais para desqualificar suas bases e quest iona o sent ido de ‘falar bem’.
Por: Sírio Possenti
Pu blica do em 2 3 /1 2 /2 0 1 1 | A t u a liza do em 2 3 /1 2 /2 0 1 1
Ch ico Ben t o, per son a g em de Ma u r ício de Sou sa , é con h ecido por
‘fa la r m a l’ o por t u g u ês – n o sen t ido m a is u su a l da ex pr essã o. Nest a h ist ór ia em qu a dr in h os, ele é r epr een dido pela pr ofessor a pelos
‘er r os’ de con cor dâ n cia com et idos. (im a g em : r epr odu çã o)
Um dos debates mais quentes do ano foi sobre um livro didático acusado de ensinar regras de português erradas (na verdade, ninguém leu o livro; foram lidas algumas frases soltas de uma das páginas de um dos capítulos). A acusação mereceu diversas manifestações de especialistas, que tentaram mostrar que uma língua é um fenômeno mais complexo do que parece ser quando apresentada apenas em termos prescritivos.
Um dos pequenos avanços da mídia (que, no quesito, representa grande parte da sociedade instruída) foi reconhecer que as teorias e as pesquisas linguísticas têm legitimidade. Mas acha que devem restringir-se à universidade. Para um linguista, tal posição equivale a sustentar que só se deve ensinar reprodução na universidade. Até o fim do colegial, deve-se ensinar aos alunos que as crianças são trazidas pela cegonha.
Achar que as teorias e as pesquisas linguísticas devem restringir-se à universidade equivale a sustentar que só se deve ensinar reprodução no ensino superior
Um dos itens do debate foi o preconceito linguístico; questionou-se sua existência. Chegou-se a afirmar que a