Preconceito linguistico
Loyola, 1999.
Adriano Mascarenhas Lima
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Em uma sociedade que, pelo menos externamente, abomina o preconceito, é de se
espantar que uma das formas desse mal seja tão praticada e propagada na atualidade: a
forma lingüística. A gramática normativa tradicional, tratada equivocadamente como se
fosse a própria língua portuguesa em si, tem sido imposta como única forma aceitável da
língua, dando margem ao severo poder opressor do preconceito lingüístico.
Na sociedade contemporânea , que em caráter geral é contra o preconceito, é de causar espanto que o preconceito lingüístico seja praticado equivocadamente como um antídoto em resposta a todas formas que contrariam em si a gramática normativa tradicional, tendo a mesma como única forma aceitável da língua.
Marcos Bagno, em seu livro “Preconceito lingüístico: o que é, como se faz”, lança
luz muito competentemente sobre esse mecanismo de exclusão social, explicitando suas
causas e efeitos, ao mesmo tempo em que cientificamente põe em descrédito aqueles que
inadvertida e ou insistentemente o cometem.
No livro “Preconceito lingístico: oque é, como se faz”, o autor Marcos Bagno, expõe seu ponto de vista sobre o assunto expondo o mesmo como um mecanismo de exclusão social, suas causas e efeitos ao mesmo tempo desqualificando cientificamente os que cometem esta forma de preconceito.
Para tanto, ele dedica 165 páginas, divididas em quatro partes, à quebra do
preconceito lingüístico, primeiro prestando-se à desmistificação deste, em seguida,
mostrando suas conseqüências, prosseguindo com elucidações sobre como desfazê-lo, e
finalizando com a explicação do preconceito contra a Lingüística e os lingüistas. Ele
assume que tratar de língua é tratar de política, e que não há