O preconceito lingüístico
Um problema atual: o preconceito lingüístico
Bagno, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo, Edições Loyola, 52ª edição, 2009, 207 páginas
Esse livro nos traz uma discussão bem atual que é a discussão a cerca do preconceito da linguagem, como o próprio título da obra já faz referência, o preconceito lingüístico. O preconceito linguístico é uma forma de preconceito a determinadas variedades linguísticas. Para alguns linguistas, como é o caso de Marcos Bagno, os chamados erros gramaticais não existem nas línguas naturais, já que é a língua que define a gramática e não o contrário, e essa noção de correto imposta pelo ensino tradicional da gramática normativa origina um preconceito contra as variedades não-padrão. O autor faz críticas a todo tipo de preconceito com relação à linguagem, ele separa todos esses tipos de preconceitos em oito mitos que ele mesmo critica e busca desmitificar. Essa obra é alvo de muitas criticas também, apesar de ganhar a simpatia de vários leitores, o livro trata de um assunto polêmico já que sugeri mudanças, não só, nos métodos de ensino, mas principalmente, uma mudança de comportamento e de pensamento, o que não agrada alguns gramáticos, professores, autores e pessoas influentes que possuem um pensamento mais conservador em relação aos métodos de educação e às normas gramaticais. Marcos Bagno defende uma educação lingüística voltada para a inclusão social e pela valorização da diversidade cultural brasileira, assumindo assim uma postura política em favor daqueles que sofrem com o preconceito lingüístico. Bagno começa o primeiro capítulo de seu livro fazendo uma comparação entre a língua falada pela população e a gramática normativa. A língua seria um rio longo e largo em constante movimento e a gramática normativa seria apenas uma grande poça de água parada, um terreno alagadiço, à margem da língua. “Enquanto a água do rio/língua, por estar