Preconceito Linguístico
A língua existe porque há seres humanos que a falam. O homem e a linguagem estão ligados pela necessidade que o ser humano tem de expressar as suas idéias de forma objetiva, utilizando a linguagem.
Comunicar-se não é algo que só podemos fazer utilizando a gramática, não é só falar “certo” ou “errado”, considerando alguns padrões lingüísticos. Falar é expor idéias com um determinado objetivo, pois o importante é interagir socialmente, lembrando que cada falante possui um tipo de realidade e conhecimento.
E não considerar o conhecimento do falante é cometer o erro de não levar em conta o contexto social, histórico em que ele vive, o que causa distorções, contribuindo, no caso do Brasil, para o preconceito lingüístico no país.
Para discutir esse tipo de preconceito que ocorre não pela falta de conhecimento de quem fala o português não padrão, mas pela falta de conhecimento de quem comete o preconceito, o artigo propõe uma reflexão comentando a valorização do português padrão, as diversas culturas do país o papel da escola na formação de um cidadão crítico com relação à sua língua e possíveis saídas para acabarmos com a ilusão da unidade lingüística no Brasil.
2 A MITOLOGIA DO PRECONCEITO LINGÜÍSTICO
2.1 Mito 1
No primeiro mito, “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”, o autor mostra o quanto este pode ser prejudicial à educação porque ao não reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma lingüística como se fosse, de fato, a língua comum a todos os habitantes do País. Não temos uma boa educação no nosso país. Sem contar que existem milhões de brasileiros sem casa, desempregados, e um grande nível de analfabetismo.
O preconceito lingüístico vem se tornando uma coisa comum no Brasil. O preconceito tende de certa forma, a aumentar cada vez mais. Está sendo alimentado na TV, na internet, em tudo que faz parte do nosso dia-a-dia.
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