Por uma Genealogia do Poder
ALUNO: SERGIMÁRIO FERREIRA DA SILVA
“POR UMA GENEALOGIA DO PODER”
(MACHADO, Roberto. “Por uma Genealogia do Poder”. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: 1979, p. VII - XXIII)
Segundo descreve Roberto Machado na introdução da Microfisica do Poder, inicialmente não foi projeto central de Foucault falar ou explicar uma definição sobre o poder em suas pesquisas. Este surge quando Foucault estava defendendo e desenvolvendo questões ligadas ao método e a pesquisa, especialmente nas obras Vigiar e Punir, A vontade de Saber e o primeiro volume de A História da Sexualidade. E é a partir desses pressupostos e inovações metodológicas que vão oferecer suporte para a realização das pesquisas sobre poder. Até porque para Foucault não existe uma teorização do poder, este não pode ser delimitado, medido ou preso a algo, mas se transforma, é praticado e se ramifica. Foucault constrói seus pensamentos opondo-se a concepções sobre poder que influenciaram desde liberais até marxistas conservadores, concepções do tipo que este poder está preso e ligado diretamente ao Estado, este seria dono absoluto e centralizador desde poder, e que o controla e o utiliza contra a sociedade, como uma força que é exercida de cima para baixo. E outra concepção seria a de que este poder é um fenômeno de repressão, que destrói, corroe e maltrata a sociedade. Vale salientar numa abordagem Foucaultiana que o poder se constitue em um conjunto de saberes, instituições sociais (Família, Escola, Igreja, Ciências) ou até mesmo experiências e espaços em constante funcionamento que produzem sujeição na subjetivação, ou seja, sujeitos fabricados pelo poder, no intuito de controle, domesticação, fabricação de corpos, de atos, de condutas e pensamentos e eventualmente punição. Esse poder não tem uma coordenação única e nenhuma estratégia prévia bem pensada para a dominação dos indivíduos, a idéia é de uma maquinaria sem maquinista, o