Os G Neros Liter Rios E A Genealogia Do Poder

Os gêneros literários e a genealogia do poder" de
Ivo Lucchesi Quando se trata da iniciação dos estudos literários, falando exatamante daqueles que começam a ler clássicos no ensino fundamental e aqueles que seguem à risca a lista de livros imposta para fazer o vestibular, vê­se que esses ficam presos a um modelo onde enquadra poucos gêneros literários, e onde tem uma concepção modelar, tem um limite de aprendizado. Épico, dramático e lírico: são esses os gêneros literários que deixam seus leitores andando em círculos. Obviamente, a leitura dos citados deve ser feita, mas também é importante sair dessa margem do que foi estabelecido há décadas e começar a procurar qualquer outra formatação de gênero válida para o aprendizado literário, afinal o que não falta por aí são contos e histórias, em uma esfera quase infinita, que acrescentam ao conhecimento. O apego a tradição deixa muitos profissionais de Letras sem um caminho a tomar, ou seja, para aqueles que ensinam literatura, fica complicado a indicação de um outro gênero literário, e para aqueles que escrevem suas próprias histórias, é difícil explorar uma nova linha de raciocínio que poderá ser aceita pela sociedade, então esses estudiosos acabam cedendo ao modelo para não serem esquecidos pelo mundo. Concluindo, assim como na Europa esse regime modelar foi desfeito há mais de três décadas, propõe­se que seja adotado a mesma coisa em todas as outras regiões do mundo, não para seguir um padrão eurocentrista, mas para ampliar os orizontes do conhecimento literário e evitar o abismo do conforto do conhecimento, isto é, seguir cegamente um padrão que era adequado a outra época. O mundo muda, as histórias
também.