1)A Espanha rapidamente se torna um estado externamente forte pela combinação de uma série de fatores que contribuíram para uma concentração histórica de recursos. Por um lado é beneficiada pelos pactos da política dinástica de casamentos que propicia a Espanha uma concentração de terra enorme, que é o principal mecanismo feudal de expansão política; Por outro, a conquista do Novo Mundo e dos seus metais preciosos que traduz um abundante acúmulo primitivo de capital, ameaçando as outras aristocracias fundiárias num ciclo de guerras aristocráticas (pressão internacional ). Por outro lado, este fácil enriquecimento repentino desmotiva o investimento da Espanha em promover o crescimento das manufaturas ou de fomentar a difusão da empresa mercantil no seio da Europa, aliado a este fator, que em nada contribui para a manutenção do domínio Espanhol, está a fragilidade interna que se apresente na união de Castela e Aragão Castela, por exemplo, tinha uma concentração absurda de terras nas mãos de poucas famílias, com um número enorme de habitantes e de cidades. Possuía uma aristocracia em ascendência, devido principalmente à prosperidade na indústria pastoril, que sobrepunham à monarquia. Ou seja, a aristocracia não estabelece moldes jurídicos, o que enfraquece a figura do estado. De um lado a corte não detinha poder legislativo, por outro a nobreza e o clero gozavam de imunidade fiscal, constituindo uma instituição aristocrática relativamente frágil. Já Aragão, de interior montanhoso e com o mais repressivo sistema senhorial, encontrava-se numa densidade demográfica muito díspar. Aliado a este fator, contava com um sistema sofisticado de política, o que dificultava a formação de um estado centralizado. A disparidade interna tornava, melhor dizendo, fez da Espanha, posteriormente, um Estado Frágil.
2)Em meado do Século XVI, as cidades entre os Alpes e o Tibre viveram a revolucionária experiência histórica a que os próprios homens chamaram de “renascença” – o