Por um ensino eficaz da língua materna
MÁRCIO CÉSAR SILVA RAMOS
POR UM ENSINO EFICAZ DA LÍNGUA MATERNA
ATÍLIO VIVACQUA – ES
2010
POR UM ENSINO EFICACAZ DA LÍNGUA MATERNA
Língua Portuguesa não costuma ser a disciplina predileta dos alunos, pois estes demonstram uma grande dificuldade na apreensão de seus conteúdos devido à sua cultura que, muitas vezes, é incompatível com tal ensino levando os mesmos a concluírem a vida escolar sem saberem ler e escrever adequadamente. Por isso, é importante que o professor saiba conduzir suas aulas de modo que os alunos aprendam a refletir sobre a utilização da língua e sobre a necessidade de dominar a norma culta vigente. Diante disso, surgem questionamentos: Como ensinar a língua materna em sala de aula? Qual a diferença entre ensinar língua e ensinar gramática? Ainda assim, uma certeza há: é preciso desenvolver estratégias e garantir um ensino eficaz que leve o aluno a ter verdadeiramente uma aprendizagem significativa. De acordo com BAGNO, 2000, p. 87, a gramática deve conter uma boa quantidade de atividades de pesquisa, que possibilitem ao aluno a produção de seu próprio conhecimento linguístico, como uma arma eficaz contra a reprodução irrefletida e acrítica da doutrina gramatical normativa. Esse ponto de vista demonstra que a gramática em si não justifica seu papel de única fonte para o ensino da língua nas escolas, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático, bem como o código normativo da linguagem, tomado de maneira ampla. É imprescindível, então, que o professor deixe de lado o comodismo e a repetição ofertada pela gramática e seja mais dinâmico ministrando o conteúdo de forma reflexiva em atividades contextualizadas, interdisciplinares, individuais ou coletivas, de forma que o aluno passe a conhecer as variedades da língua através de pesquisas que envolvam a leitura e produção textual. Com essa atitude, o professor possibilitará ao aluno que ele construa seu próprio conhecimento linguístico.