1. A crise do liberalismo e da democracia, após a primeira guerra mundial, abriu caminho para a adoção de pensamentos antiliberais que defendiam a necessidade de um estado intervencionista e controlador, capaz de promover a ordem. A questão social tomou maior enfoque, e a política liberal dos Estados Unidos e Europa foram acusados dos causadores dessa crise, nos países da América Latina, a direita com medo de revoluções populares e do comunismo rejeitava o liberalismo e clamava por uma figura que conseguisse manter o estado forte. Em meio a essas ideias nasceram o fascismo e o nazismo na Europa. Na américa latina, mesmo contrários a essas ideais, os governantes adotam políticas, denominadas por muitos autores, como populistas. De acordo com o texto, o populismo tem como característica uma forte intervenção do estado e uma política de controle social, podendo tanto ser caracterizado como regimes democráticos, pois atendem a algumas questões sociais ou autoritários pois inserirem novas formas de controle da classe trabalhadora. O autor aponta no texto que existe um amplo debate sobre definição de populismo, tendo três interpretações principais, uma fala sobre neopopulismo, outra fala sobre populismo clássico, e outras não reconhecem o populismo, negam sua operacionalidade. Sociólogos construiram modelos que ajudam a definir o populismo, mas não levaram em conta particularidades nacionais e conjunturais. Essa definição genérica do populismo impossibilita uma recuperação do evento em sua plena historicidade. Autores situam temporalmente as fases do populismo na América Latina. Apontam o período do populismo no México entre 1934-1940,denominado cardenismo, e teve como presidente Lázaro Cardenas, e na Argentina o período entre 1946-1955, denominado peronismo, tendo como presidente Juan Domingo Perón. Também há a inclusão de vários outro políticos apontados como movimentos populistas, e muitas disparidades entre esses governos, tornando ainda mais difícil a