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Resenha de F. Weffort-O populismo na política brasileira
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Publicado porFábio Wanderley Reis
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Resenha de Francisco Weffort,
O Populismo na Política Brasileira
, Rio deJaneiro, Editora Paz e Terra, 1978, publicada em IstoÉ
, Ano 2, Número 83, 26de julho 1978, pp. 61-62Quando as massas se prestam à manipulaçãoFábio Wanderley ReisUma boa notícia para os estudiosos da política brasileira, a da publicação deste volume de Francisco Weffort. Estão aí reunidos, nas duas partes em que se divide o livro, três artigos publicados em meados da décadade 1960 (“Política e Massas”, “Estado e Massas no Brasil” e “O Populismo naPolítica Brasileira”) e quatro capítulos até agora inéditos da tese de doutoradodo autor, de 1968. Além disso, fecha o volume a crítica por ele dirigida, em1970, à chamada “teoria da dependência”. A não ser por este último trabalho,que tem pouco a ver diretamente com os demais, o conjunto compõe umvolume orgânico, já que os capítulos da segunda parte retomam e expandem adiscussão dos problemas tratados nos artigos da primeira parte. Todos seocupam, em síntese, da emergência das classes populares no país, dasambiguidades de sua incorporação à cena política e dos movimentos egovernos populistas como “talvez sua forma mais completa de expressão”.Weffort parte da concepção do que chama de “sistema populista”,caracterizado por uma série de aspectos assim resumidos: “Estruturainstitucional de tipo autoritário e semicorporativo, orientação política detendência nacionalista, antiliberal e anti-oligárquica; orientação econômica detendência nacionalista e industrialista; composição social policlassista mascom apoio majoritário das classes populares”. A caracterização do papeldestas últimas no sistema envolve a ênfase em que são objeto de manipulação“de cima”, ou seja, por parte de partidos e lideranças das classes superiores,“que previamente controlam as funções do governo”, mas