Populismo

O Populismo é tido basicamente como um “modelo “de execução de poder, onde se utiliza um conjunto de práticas políticas que consistem no estabelecimento de uma relação direta entre as massas e o líder carismático.

Dentre as características intrínsecas a essa ideologia, a mais marcante é o fato de que o contato do líder com as massas acontece diretamente. Isto é, o líder não precisa de ninguém que o represente na relação com o povo. Através desta proximidade, acaba por criar laços que permitirão a ele realizar o processo de dominação. Portanto, o populismo tem como foco as classes média e baixa.

Historicamente o termo populismo está ligado a fenômenos políticos da América Latina e se identifica com os ideais nacionalista, da industrialização, da urbanização e de dissolução das estruturas políticas oligárquicas.

Na América Latina, o populismo foi “considerado” por alguns autores um poderoso mecanismo de integração das massas populares à vida política, propiciando o desenvolvimento econômico e social, a prática política representou uma forte articulação para algumas mudanças institucionais e teve um papel enormemente positivo para a democracia. Tendo representantes tanto na esquerda quanto na direita. Como os governantes Gustavo Rojas Pinilla, Juan Domingo Perón e Lázaro Cárdenas.

No caso específico do Brasil temos em Getúlio Vargas, a figura de maior exemplo do populismo. Apesar de toda a repressão exercida por Vargas, ele conseguiu ser democraticamente eleito pelo povo, demostrando assim a sua popularidade diante das grandes massas e seu perfil de líder tipicamente carismático. Seu “interesse” pelos pobres, o que o levou a ser apelidado de “pai dos pobres”, dá uma dimensão do imagem de líder populista assumida por Vargas.

Implicando num sistema de políticas ou métodos para o aliciamento das classes sociais, como forma de angariar votos e legitimidade. Podendo ser considerado o mecanismo mais representativo desse modo de governar. Visto que a manipulação das