População em Situação de Rua

Desenvolvimento
O Surgimento da população em situação de rua é um dos reflexos da exclusão social, que a cada dia atinge e prejudica uma quantidade maior de pessoas que não se enquadram no atual modelo econômico.
Essa população é definida como um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, que tem em comum a condição de pobreza absoluta, decorrente de diversos fatores: ausência de vínvulos familiares, desemprego, perda da autoestima, alcoolismo, doença mental, drogas, entre outros fatores, e são essas condições que os leva a usar a rua como um espaço de moradia e sustento.
Entre os anos 2007 e 2008 foi realizada uma pesquisa pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes, que nos mostra que há 31.922 individuos que utilizam as ruas como moradias, no entanto esses numeros são bem maiores, pois cidades importantes não se incluíram na pesquisa.
Nessa pesquisa tivemos os dados que 63,5% da população que se encontra em situação de rua, nunca estudaram ou não concluíram o ensino fundamental, ou seja, sem nenhuma qualificação profissional, que é o que as empresas buscam nos candidatos para se inserir no trabalho de mercado.
Podemos ver que o direito à moradia digna foi reconhecido e implantado como pressuposto para a dignidade da pessoa humana, desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, foi recepcionado e propagado na Constituição Federal de 1988, por advento da Emenda Constitucional nº 26/00, em seu artigo 6º, caput.
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
Ou seja, o Estado tem o dever de manter uma vida social digna a toda população, quando uma pessoa se encontra em situação de rua por falta de condições de ter uma moradia, ela está