Políticas Linguísticas
1. A partir da leitura dos textos da Parte II da disciplina de Políticas Linguísticas, discuta as noções bakhtinianas de plurilinguismo e plurilinguismo internamente dialogizado à luz das reflexões de Walsh (2009) sobre as três concepções de interculturalidade. Exemplifique com casos de políticas linguísticas em contextos minoritários (para tanto, considere os textos da Parte III, ou alguma bibliografia extra).
Bakhtin vai defender que no romance o plurilinguismo social entra na composição da história. O mundo da vida entra na prosa, já que estão presentes os palcos, as barracas de feiras, literaturas das fábulas, canções de rua, é a sociedade servindo como pano de fundo para as produções prosaicas. O bom prosador será aquele que tiver a habilidade de materializar o plurilinguismo social no texto literário.
Segundo Bakhtin a forma mais evidente do romance da vida é o romance humorístico. Ele cita isso como exemplo exatamente pelo fato de que existe a presença de duas vozes, uma que irá fazer a paródia e a outra que será parodiada. Stand-up Comedy é um exemplo de plurilinguismo local. O autor cita como modelo clássico do gênero romanesco plurilíngue o romance Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.
A linguagem do romance se mistura de forma múltipla, com personagens de diversas classes sociais, profissões, gêneros. O plurilinguismo no romance é feito por meio dos personagens que são responsáveis em materializar a voz da sociedade no romance, da voz do autor que materializa a sua opinião na voz do narrador, no foco da narração apresentando seu ponto de vista. O autor ainda diz que o que compõe um romance é a união de diversos estilos de texto dentro de um como cartas, confissões, diários.
Segundo Bakhtin um bom romance é aquele que possui um discurso bivocal onde as vozes do romance dialogam entre si devendo ser internamente dialogizada, ou seja, uma diversidade interligada. Pode ser exemplificado com o dialogismo do discurso