Políticas linguísticas na escola
Os dois textos aparentemente diferentes buscam fins que se relacionam entre si.Enquanto o primeiro descreve a importância da língua na formação do professor, o segundo aborda as variações da língua materna e torna-se clara a idéia do quanto é prescindível o estudo da língua materna para ambos (professor e aluno).
Nos dois capítulos há mais semelhanças do diferenças, segundo minha visão. As semelhanças observadas são as seguintes: ambos falam da importância da língua para um povo como identidade; a importância de ser trabalhada, respeitando a regionalidade e a cultura do falante; ressalta o quanto o ser falante precisa desta riqueza (língua quanto patrimônio) para estabelecer vinculo e ampliar horizontes com possíveis negociações; a necessidade de usar a língua materna como ferramenta na construção de nação critica e emancipatória. A princípio, cabe ao professor lapidar a bagagem lingüística que o aluno já possui, para num processo contínuo oferecer-lhe condições de amplia-la e aperfeiçoa-la até alcançar a norma culta (a forma ideal), assim sendo, a escola desenvolveria a ação inclusiva e não preconceituosa, dando oportunidades iguais para todos, pois a língua estaria cumprindo sua função primeira que é a de comunicar.
A diferença observada diz respeito à fala do sociólogo inglês, Basil Bernstein, que segundo Soares, 1986, ressalta: “Segundo a lógica da teoria da deficiência cultural, o déficit lingüístico é atribuído à pobreza do contexto lingüístico em que vive a criança, particularmente no ambiente familiar. Em síntese: para a teoria da carência cultural, crianças das camadas populares, ao contrario das classes favorecidas, apresentam um déficit lingüístico, resultado da privação lingüística de que são vitimas no contexto cultural em que vivem” (Soares, p.21).Este trecho do texto 1, discorda