Politicas de saúde publica no Brasil
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Na década de 70, a Previdência Social teve sua maior expansão em número de leitos disponíveis, em cobertura e no volume de recursos arrecadados e também o maior orçamento da história, utilizado sem controle pelo governo militar, financiando hospitais particulares, obras faraônicas e permitindo fraudes, porque não havia fiscalização dos serviços médicos executados pela rede privada. Em contrapartida, os diversos serviços de Saúde Pública são obrigados a fechar ou a trabalhar com um mínimo de recurso (Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, 1992).Em 1977, num movimento burocrático de unificação da Previdência (INPS), da administração financeira (IAPAS) e da assistência médica (INAMPS) em um único órgão, o governo revela sua crise no setor da saúde. A criação de todos esses órgãos dificultou ainda mais o controle do orçamento da Previdência, favorecendo o desvio de verbas e a corrupção, já que era praticamente inexistente a fiscalização.Declarações de autoridades ligadas à Previdência dão a entender que o sistema previdenciário está tecnicamente falido. O IAPAS não dispõe mais dos recursos necessários para manter a assistência médica através do INAMPS, nem aposentadorias e pensões através do INPS. Foram tomadas medidas no sentido de diminuir os gastos e benefícios, aumentando-se a contribuição (Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, 1992).A construção ou reforma de inúmeras clínicas e hospitais privados, com financiamento da Previdência Social e o enfoque à medicina curativa fez com que multiplicassem, por todo o país, as faculdades particulares de medicina. O ensino médico passou a ser desvinculado da realidade sanitária da população, voltado para a especialização e a sofisticação tecnológica e dependente das indústrias farmacêuticas e de equipamentos médico-hospitalares. Quando o INPS foi criado, em 1966, o governo liberou verba a fundo perdido para empresas privadas construírem hospitais, depois o INPS enviou seus segurados para estes hospitais, isto é, a