Poemas barrocos
Poemas Líricos Sacros
No barroco o Antropocentrismo começa a perder espaço para o Teocentrismo, um exemplo disso são os poemas líricos sacros, que fala sobre a insignificância do homem perante Deus, do pecado e da busca do perdão. Muitas vezes utiliza jogos de imagens e conceitos.
Exemplo:
A CRISTO N. S. CRUCIFICADO, estando o poeta na última hora de sua vida
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro, Em cuja lei protesto de viver, Em cuja santa lei hei de morrer, Animoso, constante, firme e inteiro:
Neste lance, por ser o derradeiro, Pois vejo a minha vida anoitecer; É, meu Jesus, a hora de se ver A brandura de um Pai, manso Cordeiro.
Mui grande é o vosso amor e o meu delito;
Porém pode ter fim todo o pecar, E não o vosso amor que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar, Que, por mais que pequei, neste conflito Espero em vosso amor de me salvar.
Nesse poema o autor (Gregório de Matos) fala que pecou, porém o amor de Cristo é infinito, diferente do pecado que por maior que seja ainda é finito, então o amor de Cristo é maior. Logo, mesmo pecando, ele ainda espera que será salvo.
Poemas Líricos Amorosos
Nesse tipo de poema destacam-se textos que fazem o contranste da beleza da mulher e a passagem do tempo. Às vezes é utilizado o carpe diem como tema, que em latim significa aproveite o dia ou aproveite o momento, ou seja, exalta as felicidades passageiras. Nesse tipo de poema, muitas vezes é uitlizado paradoxos da experiência amorosa.
A D. ÂNGELA
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara?
Quem vira uma tal flor que a não cortara
De verde pé, da rama florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que por bela, e