poder e o estado
Por tradição, o Estado é definido como portador do summa potetestas; e a sua análise se resolve predominantemente no estudo das diversas competências que concernem ao soberano. Não há teoria política que não parta de alguma maneira, direta ou indiretamente, de uma definição de "poder" e de uma análise desse fenômeno. Tem-se um exemplo em Poder e sociedade de Lasswell e Kaplan, que afirmam ser o processo político a "formação, distribuição e exercício do poder".
Do latim, potere, nasce o termo poder e do grego Kratos (força, potencia) e arché (autoridade) nascem os nomes das formas de governo, "aristocracia", "democracia", "monarquia", "oligarquia" e todas as palavras que gradativamente foram sendo forjadas para indicar formas de poder, "fisiocracia", "burocracia", etc.
As teorias do poder.
O problema do poder se apresenta sob três aspectos dos quais se distinguem as três teorias fundamentais do poder: a substancialista, a subjetivista e a relacional.
Nas teorias substancialistas, o poder é concebido como algo que serve para alcançar aquilo que é o objeto do próprio desejo é algo que se possui e usa-se como outro bem qualquer. Que estes meios sejam dotes naturais, como a força e a inteligência, ou adquiridos, como a riqueza. Um exemplo deinterpretação substancialista do poder é a de Hobbes, segundo a qual "o poder de um homem... consiste nos meios de que presentemente dispõe para obter qualquer visível bem futuro”. Análoga é a conhecidíssima definição de Bertrand Russell segundo a qual o poder consiste na "produção dos efeitos desejados" e pode assumir enquanto tal três formas: poder físico e constritivo, que tem a sua expressão concreta mais visível no poder militar; poder psicológico à base de ameaças de punição ou de promessas de recompensas, em que consiste principalmente o domínio econômico; poder mental, que se exerce através da persuasão e da dissuasão e tem a sua forma elementar, presente em todas as sociedades, na educação.
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