Pobreza no sistema capitalista
Muitos estudiosos acreditam que a partir do capitalismo, a desigualdade tornou-se mais evidente. “A pobreza acentuou-se no século XVI com a dissolução do mundo feudal e o surgimento do capitalismo. Houve uma expulsão dos camponeses das terras que lhes forneciam meios para subsistência e essas pessoas não tiveram como reproduzir sua vida e começaram a viver de ajuda e caridade alheia” Primeiro, fomos colônia, depois, satélite do capitalismo comercial, sobretudo inglês. Em seguida, o Brasil foi mercado para os produtos industrializados dos países ricos. E hoje, somos abrigo rentável para o capital especulativo da finança global.”
Partindo desse pressuposto, na sociedade atual, a má distribuição da renda é uma das principais causas da pobreza em muitos lugares do mundo. Outro fator da crise está na crescente financeirização da economia mundial. Nas políticas que promoveram a desregulamentação financeira, as privatizações, a livre circulação de capitais e a economia de casino, em detrimento da produção real e das condições de vida dos trabalhadores e dos povos.
A doutora em Antropologia, Márcia Anita Sprandel, autora do livro “A Pobreza no Paraíso Tropical”, avalia que não basta o País ter um alto crescimento econômico se não houver repartição das riquezas de forma justa. “Um modelo concentrador de rendas, terras e dilapidador dos recursos naturais, provavelmente, aumentará o abismo entre ricos e pobres.”
Causas gerais da pobreza
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A pobreza não resulta de uma única causa, mas de um conjunto de factores: • Factores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades. • Factores económicos: sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto. • Factores sócio-culturais: