Análise de cobertura jornalistica veja x carta capital

Em outubro de 2011 o ex-presidente Lula foi diganosticado com cancer na laringe. Após a divulgação do diagnóstico revistas, jornais, sites e até perfis pessoais nas redes socias começaram a acompanhar o caso. Por ser uma pessoa pública a notícia se desmembrou para várias outras editorias das publicações, por um bom tempo as publicações veicularam matérias sobre o tratamento da cancer de laringe, a prevenção tornando-o o assunto da semana.
Escolhi 2 publicações, que falaram a respeito disso para realizar a análise. Logo na capa, já vemos a diferença entre elas. Enquanto a Carta Capital coloca o presidente num ângulo que chamamos na fotografia de contra plongée ( como se o leitor estivesse olhando-o de baixo pra cima) e com um ar esperançoso a VEJA o coloca numa posição plongée ( como se o leitor estivesse olhando-o de cima pra baixo, atribuindo um sentimento de inferioridade a ele) e tossindo, exaltando a sua fragilidade no momento.

As chamadas da capa também são bem diferentes enquanto na VEJA a chamada é “Os bastidores de Lula na luta contra o Cancêr” a Carta diz “ Lula, a doença e a estupidez”, criando um Lula batalhador, sobrevivente e com vontade de viver.

A revista CARTA CAPITAL se utiliza de um outro viés, não foca na doença ou no drama do ex-presidente mas aproveita para fazer uma crítica a população, principalmente por conta da campanha que estava sendo veiculada nas redes socias para que ele se tratasse nos SUS.

A linha editoral das revistas são bem diferentes, enquanto a VEJA é considerada uma revista de “direita” a Carta recebe o título de revista de “esquerda”.
A teoria do Newsmaking explica que existem os valores-notícas, que nada mais são do que critérias de noticiabilidade. Ou seja, analisa-se a Notoriedade da pessoa em questão (no caso, um ex-presidente), a proximidade ( Lula sempre foi “do povo”), relevância (cancêr é o mal do século, muitas celebridades morrerem por conta da doença), inesperado e novidade.
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