desenvolvimento capitalista quest o social
Pobreza, “questão social” e seu enfretamento
(Resumo)
O autor inicia seu artigo explicando as concepções da pobreza da “questão social” e seus enfrentamentos em diferentes momentos da sociedade capitalista. No segundo momento disserta sobre a desigualdade social no modo de produção capitalista, fazendo uma análise histórico-crítico da pobreza e da “questão social” e discutindo das políticas sociais e as crises do capital. Na concepção de pobreza, “questão social” e seus enfrentamentos, o autor inicia com a origem da expressão “questão social” na fase do capitalismo concorrencial, onde a sociedade era permeada pelo pensamento positivista e, portanto, enxergava a pobreza como algo natural e a – histórico, desvinculando este “fato social” da esfera econômica. Nesse momento, a pobreza era vista como algo de total responsabilidade dos que a mesma atingia, ou seja, desculpabilizava o sistema de produção capitalista para culpabilizar o indivíduo que se encontrava em tal situação. Ainda neste momento do capitalismo, a pobreza era vinculada a três fatores principais: primeiro a um déficit educativo (relacionado ao conhecimento do mercado capitalista); segundo a um problema de planejamento familiar financeiro e terceiro a problema de ordem moral-comportamental. O enfrentamento dessas expressões da questão social era feito a parti de ações filantrópicas e educacionais. Na Inglaterra é promulgada a lei dos pobres onde a pobreza é tratada a través da “beneficência pelo caminho burocrático” (Duayer e Medeiros, 2003, p.241).
A parti de 1834 a assistência à camada pobre da sociedade passou a ser vista como forma de acomodação e de conformismo do mesmo para a reprodução da situação de pobreza. Logo, as ações filantrópicas foram substituídas por razões repressivas. Neste momento, o pobre passa a ser o indivíduo marginalizado (no sentido de criminalidade), trazendo ameaça ao sistema. Houve uma