Fichamento Pastorini
- “Os defensores da “nova questão social” partem do pressuposto de que as mudanças ocorridas no mundo capitalista contemporâneo marcam uma ruptura com o período capitalista industrial e com a questão social que emergiu a na primeira metade do século XIX, como surgimento do pauperismo na Europa Ocidental.” p.16
Ou seja, segundo Pastorini, podemos compreender que os defensores da “nova questão social, ao romperem com o período capitalista industrial e com todas as expressões da questão social com o surgimento do pauperismo na Europa Ocidental, estão de certa forma, negando a origem da questão social e defendendo uma questão social que surge ‘do nada’, nega todo o histórico, toda a dialética da questão social, que não é apenas atual, mas que se complexificou e ganhou novas roupagens em suas expressões.
- “Segundo Rosavallon (1995), o crescimento do desemprego e o aparecimento de novas formas de pobreza (nova pobreza, exclusão social etc.) estariam indicando o surgimento da “nova questão social”.”p.16
Rosavallon traz a questão do desemprego e as novas formas de pobreza como um conjunto que gera a nova questão social, como também o modelo de proteção social coletiva, o que iria gerar uma crise filosófica, o que estremeceria as bases do que ela considera Estado-providencia, marcado pelo princípio de solidariedade e a concepção de direitos sociais.
- “Por sua vez Castel (1998), entenderá que a crise dos anos 70, que se manifesta pelo agravamento do problema do emprego [...] tem-se tornado um processo irreversível e cada vez mais acelerado.” P.17
- “Ambos os autores entendem que os invalidados pela conjuntura (inúteis para o mundo, segundo Castel) e os novos pobres e excluídos (segundo Rosavallon) não remetem mais à antiga categoria de exploração. P. 17
- “Esses autores [...] entendem que tais transformações estariam indicando a