Planos Econômicos

1. Introdução
O Brasil já passou por diversas experiências de planejamentos econômicos. A sua história é rica em acontecimentos bem sucedidos e de fracasso, sucessos parciais, e legados como crescimentos econômicos jamais vistos, bem como, experiências devastadoras que se tonaram ao longo do tempo “heranças malditas”, gerando consequências como explosões inflacionárias e elevações da dívida externa, na busca incessante pelo equilíbrio econômico, visando o crescimento e modernização cada vez maior de suas bases e estruturas produtivas.
A década de 30 foi o marco da transição entre dois modelos de Estado no Brasil.
Antes de 1930, o Brasil se caracterizava por uma estrutura econômica baseada na agricultura, sendo que o poder político se concentrava nas oligarquias rurais, notadamente de São Paulo e Minas Gerais. Uma série de acontecimentos (principalmente a quebra dos produtores de café, devido ao crash da bolsa de Nova Iorque no ano de 1929, fato que reduziu drasticamente o mercado consumidor do café brasileiro), que culminaram com a diversificação da sua cadeia produtiva, com a revolução de 1930 e a subida de Getúlio Vargas ao poder. Tais acontecimentos marcaram o fim do antigo modelo, e o início de um novo, com participação mais ativa do Estado na economia, que pode ser denominado a partir deste momento, como nacional-desenvolvimentista.
A partir daí, o Estado brasileiro foi levado a desempenhar funções cada vez mais complexas no conjunto da economia. Essa participação se deu tanto de forma direta, quanto de forma indireta, desde a formulação de regras de desenvolvimento até a criação e manutenção de diversas empresas estatais.
Esse era o cenário nacional quando foram efetivadas as primeiras tentativas de planejamento no Brasil. O país já foi palco de diversos acontecimentos socioeconômicos que visavam engatar um rumo em seu sistema econômico alavancando a sua economia, que é historicamente dependente e fragilizada sendo resultante dos diversos anos de