Planos econômicos
1 – PLANO BRESSER
Criado em fevereiro de 1986, no governo do presidente José Sarney, pelo ministro da fazenda Dílson Funaro, visava combater a inflação desgovernada que massacrava a vida da população, com índices de inflação absurdos. Vale acrescentar que o plano teve amplo apoio popular, pois o governo prometia praticamente zerar a inflação e consequentemente conter os preços de mercado, já que uma de suas políticas era o congelamento de preços, veio em destaque o papel da Superintendência Nacional do Abastecimento – SUNAB, que tinha o papel de fiscalizar os preços. Dentre as principais medidas do Plano Cruzado estavam: - Reforma Monetária: - A moeda passa a chamar-se Cruzado, com a eliminação de 3 (três) zeros das notas de cruzeiro; - Congelamento de salários pela media dos últimos 6 (seis) meses; - Salário mínimo no valor de Cz$ 804,00; - Congelamento de preços de bens e serviços; - Tabelamento de dívidas: - consistia na correção das dívidas contraídas com inflação alta, para as taxas atuais com baixa inflação; - Criação do gatilho salarial que estabelecia reajustes de forma automática aos salários sempre que o índice da inflação alcança-se 20%; - Correção Monetária substituída pelo Índice de Preços ao Consumidor – IPC.
Em suma, com o aumento de salários e congelamento de preços, cresce o consumo interno, com a forte demanda o plano econômico começa a ruir, as mercadorias somem das prateleiras, e os consumidores sofrem com o ágio cobrado pelos fornecedores. O fantasma de inflação volta com força total.
Vale ressaltar que os elevados gastos públicos, junto com os demais problemas do plano Cruzado, levaram o País a reduzir consideravelmente suas reservas internacionais.
Após as eleições estaduais de 1986, o governo efetua algumas mudanças na economia, que foram batizadas de “Plano Cruzado II”, que liberava os preços, alterava o cálculo da inflação, aumentava impostos sobre bebidas e cigarros, aumento