geografia
A América surgiu na história como fruto da civilização européia. Os conquistadores, aventureiros e colonos enxergaram-na como o paraíso perdido e reencontrado. A América era a fonte de riquezas lendárias incomensuráveis. As modalidades divergentes de apropriação colonial dissolveram "a América" e criaram "as Américas": a América hispânica; a América portuguesa; a América Anglo-Saxônica; e o Caribe.
A França imperial e o panlatinisto thauane
Sob o império de Napoleão III, a França procurava projetar sua ifluência sobre o Novo Mundo. A potência européia preconizava uma "Doutrina Monroe": a defesa das Américas contra o expansionismo imperial dos Estados Unidos. sua inspiração encontra-se no panlatinismo, a doutrina que circulava entre filósofos políticos franceses sobre a unidade racial, histórica e cultural dos povos de lingua latina. Assim, Napoleão III se dispunha a "ajudar" os povos católicos e romanos da América e combater o expansionismo dos EUA. em 1861, ao lado de espanhóis e britânicos, os franceses conduziram uma invasão do Mexico e coroaram imperador o nobre austríaco Maximiliano de Habsburgo. A aventura tragicômica acabou de maneira pouco gloriosa: os liberais mexicanos, liderados por Benito Juárez e apiados pelos EUA, derrotaram os invasores e fuzilaram Maximiliano. o fracasso no Mexico e o desastre na Guerra Franco-Prussiano praticamente colocaram um ponto final na politica francesa na América. Até o final da Segunda Guerra Mundial, a associação intelectual entre a França e a América Latina não teve concorrêcia significativa.
repensando a América latina thauane
Nas décadas de 1920 e 1930, intelectuais latino-americanos, principalmente nos países andinos, revisaram a formação das nações do subcontinente, enfatizando o peso das tradições e culturas indígenas. Mas a nova representação da América Latina só se consolidou após a Segunda Guerra Mundial e, mais que o indigenismo, refletiu a