Geografia
A expressão Geografia Crítica foi criada na obra "A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra", de Yves Lacoste.
Essa corrente de pensamento geográfico surgiu na França, em 1970, e depois na Alemanha, Brasil, Itália, Espanha, Suíça, México e outros países.
Ganhou mais força na Alemanha, Espanha, França e Brasil, com um grande movimento de renovação da geografia na década de 80.
No Brasil, o grande nome da Geografia Crítica foi Milton Santos, que publicou os primeiros trabalhos da nova escola nesse país.
A Geografia crítica estabelece o rompimento da neutralidade no estudo da geografia e propõe engajamento e criticidade junto a toda a conjuntura social, econômica e política do mundo. Estabelece também uma leitura crítica frente aos problemas e interesses que envolvem as relações de poder e pró-atividade frente as causas sociais, defendendo a diminuição das disparidades sócio-econômicas e diferenças regionais. Defendia ainda a mudança do ensino da geografia nas escolas, ao estabelecer uma educação que estimulasse a inteligência e o espírito crítico.
O pensamento crítico na geografia significou, principalmente, uma aproximação com os movimentos sociais, principalmente na busca da ampliação dos direitos civis e sociais, como o acesso a educação de boa qualidade, a moradia, pelo acesso à terra, o combate à pobreza, entre outras temáticas.
A Geografia crítica, também chamada de marxista, é a corrente que rompeu com os paradigmas antigos de estudo geográfico, ou seja, limitar-se à frieza das descrições dos mapas físicos, das divisões políticas dos territórios, da análise da estrutura populacional alheia à realidade das pessoas que vivem num determinado espaço. Daí advém o adjetivo "marxista" que também lhe é aplicado, não só por ter sido uma escola desenvolvida por pensadores de esquerda, mas também por ter uma abordagem metodológica nitidamente marxista, mediante a dialética entre capital e