ortografia
Ortografia etimológica
Um mesmo som pode corresponder a diversas letras e cada letra ou grupo de letras pode corresponder a diversos sons, dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais.
Exceto o Alfabeto Fonético Internacional, que consegue fazer a transcrição para caracteres alfabéticos de todos os sons, não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente fonéticos. No entanto, podemos dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias das línguas búlgara, finlandesa, italiana, russa, turca, alemã e, até certo ponto, a da língua espanhola. No caso particular do espanhol, podemos admitir que se trata de uma ortografia fonética em relação ao espanhol padrão falado na Espanha, mas não tanto em relação aos falares latino-americanos, em especial aos da Argentina e Cuba, nos quais nem sempre se verifica que cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras.
A ortografia atual do português é, também, mais fonética do que etimológica. No entanto, antes da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita oficialmente usada era marcadamente etimológica. Escrevia-se, por exemplo, pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo e prompto em vez dos actuais farmácia, lírio, ortografia, fleuma, dicionário, caravela,estilo e pronto. A ortografia tradicional etimológica perdurou no Brasil até a década de 1930.
Um exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de letras (por exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da palavra onde está inserido. É também a