planejamento de pastagem
Renato Serena FontaneliEngenheiro Agrônomo, Pesquisador da Embrapa Trigo - Professor de Pastagens/UPF - Pesquisador do CNPq. Fone: (54) 3316-5800 - E-mail: renatof@cnpt.embrapa.br
1.0. Introdução
O objetivo do artigo é discutir algumas alternativas para produção e manejo de pastagens para bovinos leiteiros, incluindo planejamento forrageiro para o ano todo. Apresenta-se alguns exemplos de planos incluindo as espécies mais comuns da região visando reduzir custo do alimento que representa de 40 a 60% do custo de leite, importante para a sustentabilidade da produção leiteira brasileira. Enfim, algumas idéias que podem melhorar os sistemas de forrageamento para bovinos na região sulbrasileira.
1.1. O que é sistema de leite a pasto?
Sistemas de produção de leite baseado em pastagens incluem àqueles em que as vacas obtém a maior parte dos nutrientes para a produção de leite em pastejo, da forma energeticamente mais econômica. Entretanto, deve-se incluir no programa de forrageamento alimentar de vacas em lactação forragem conservada de boa qualidade (silagem e feno) e grãos, através de rações balanceadas para atender a demanda de vacas com elevado mérito genético. As espécies tropicais (capim elefante, gramas tifton, quicuio, sorgos e milheto) são mais difíceis de manter valor nutritivo elevado e, raramente, propiciam produções de leite diária superior a 12 kg/vaca sem suplementação, enquanto que as espécies temperadas (trigo, centeio, cevada, triticale, aveia, azevém e trevos) podem atingir produção diária de leite superior a 20 kg/vaca. O maior problema está em manter oferta elevada de forragem de lâminas foliares verdes nas pastagens durante todos os dias do ano.
As gramíneas tropicais são os principais componentes das pastagens brasileiras, crescem rapidamente em condições favoráveis de temperatura e umidade no solo, mas concentram mais de 70% da produção de matéria