Pichon
Enquanto estudante de medicina, ele articulou sobre a psicossomática, questão que era considerada moderna à época.
Iniciou seus trabalhos como psiquiatra para oligofrênicos, no Asilo de Torres.
Logo após, trabalhou no Hospício das Mercedes, lá desenvolveu o Grupo
Operativo, onde discutia com os enfermeiros casos psiquiátricos do hospício e realizou com eles um treinamento para o trato com os pacientes.
Progressivamente, Pichón vai deixando a concepção da Psicanálise Ortodoxa e concentrando nos grupos da sociedade. Sua primeira experiência com grupo foi a Experiência Rosário (1958), em que dirigiu grupos heterogêneos através de uma didática interdisciplinar.
Pichón desenvolveu a técnica dos grupos operativos, que era centrada em uma tarefa de forma explícita, e uma outra tarefa de forma implícita, subjacente à primeira. Dentro dessa concepção, foi desenvolvido conceitos e instrumentos que possibilitaram a compreensão do campo grupal como estrutura em movimento. Tem como objetivo a técnica de abordar, através da tarefa, levando o indivíduo a pensar, passando de um pensar vulgar para um pensar científico.
Para a realização da tarefa é preciso passar por alguns obstáculos em que implica a uma desconstrução de conceitos estabelecidos, desconstrução de certezas adquiridas. Entrar em uma tarefa para o grupo significa assumir o desafio de conquistar o desejo na produção e a produção do desejo.
Em primeiro momento, antes de entrar em tarefa, o grupo passa por um período de “resistência”, em que o objetivo da conclusão da tarefa, não é alcançado. Realizam-se tarefas sem sentido, tarefas apenas para passar o tempo. Depois de passado esse período, o grupo entra em tarefa, com o auxílio do coordenados, serão trabalhadas as