Petição Inicial
1. Das Origens até 1750 – A fase pré-científica da economia Na antiguidade a economia constituía apenas um conjunto de preceitos ou de soluções práticas destinadas a problemas particulares. Na antiguidade apareceram apenas alguns pedaços fragmentados das ideias econômicas em estudos filosóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, política, mecânica ou geometria. O termo “econômico” foi utilizado pela primeira vez por Xenofontes, na obra de mesmo nome (no sentido de princípios de gestão dos bens privados), os autores gregos não apresentaram um pensamento econômico independente. De modo geral trataram apenas de conhecimentos práticos de administração doméstica. Na Antiguidade romana, embora a economia de troca fosse mais intensa do que na Grécia, não houve também, um pensamento econômico geral e independente. O pensamento econômico medieval, de caráter eminentemente prático, também era dependente: da subordinação à filosofia ou à política. Nessa época a igreja procurou “moralizar’ o interesse pessoal, reconheceu a dignidade do trabalho (manual e intelectual), condenou as taxas de juros, buscou o justo preço”, a moderação dos agentes econômicos e o equilíbrio dos atos econômicos. Entretanto a partir da metade do século XV, essa subordinação religiosa seria substituída pela preocupação metalista. O mercantilismo imprimiu ao pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração pública que os governantes deveriam usar para aumentar a riqueza da nação e do príncipe. O aparecimento de interessantes ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção metalista, base do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser considerados os mais perfeitos instrumentos de aquisição de riqueza. Embora seja pouco significativa a contribuição do Mercantilismo à constituição da análise econômico-científica, algumas obras marcaram certo esforço de sistematização no fim