Período Comercial na História da Educação Brasileira
Com as alterações na educação, ocorridas no período comercial, verificou-se que não se pode considerá-la simplesmente uma mudança, nem apenas um reajuste, pois, acabou-se com todo o sistema anterior e instalou-se uma educação sistemática escolar. No antigo período, o pré-colonial, a ordem era reforçar segredos para sobrevivência do grupo.
Em todos os períodos posteriores, a ordem sempre foi esconder segredos para poder acumular. Depois que o sistema escolar é instaurado, teremos três tipos de escola: inicialmente os jesuítas, em seguida as aulas régias, quando os jesuítas foram expulsos e os grupos escolares. Este processo durou aproximadamente trezentos anos; e isso será redimensionado apenas lá na república. Por aproximadamente trezentos anos, a educação no Brasil era extremamente deficitária, estritamente rudimentar e extremamente elementar. Embora saibamos que jesuítas desempenharam um papel educacional e que também fossem muito organizados, as suas aulas eram extremamente voltadas para a religião.
Com isso, surgem alguns questionamentos: por qual razão por aproximadamente trezentos anos, não se tem educação séria num país? Por que em trezentos anos de história pós-colônia, nós não vivenciamos investimentos na educação? A única lógica a ser seguida é a de que a atividade econômica do momento, (agricultura, café, açúcar, etc.) não exigia de mão de obra escolarizada. Visto que a economia podia andar sem a educação, então não havia motivos econômicos nem motivações políticas para que acontecesse educação no Brasil.
Todos os grandes períodos estão preponderantemente, relacionados ao poder econômico. Esses poderes econômicos são visíveis quando se chegar numa cidade. Quando se chega numa cidade cujo poder econômico é o comercial, industrial ou globalizado, é notável a presença de chaminés de fábricas. Isso chega a ser um poder físico. Quando se chega a um lugar cuja atividade econômica seja voltada para o agro, veremos grandes armazéns, grandes