Período açúcareiro
1. A Colonização
A decisão de Portugal de colonizar o Brasil é resultado de três fatores principais.
a) A decadência do comércio português no Oriente por causa, principalmente, da concorrência estrangeira. Por outro lado, Portugal sofre pressões políticas de outros países europeus descontentes com a partilha luso-espanhola.
b) A crise econômica por que passa Portugal, resultado da decadência do comércio oriental.
c) O receio de perder o território, ou parte dele pelo menos, para os franceses, que já faziam contrabando de pau-brasil há muito tempo.
Dessa forma, o rei D. João III resolveu enviar ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Sousa com a missão de implantar o sistema colonial.
A colonização, nas circunstâncias do momento, deveria obedecer à falta de recursos para a montagem da empresa colonial e, ao mesmo tempo, extrair o máximo possível. Assim, Portugal resolveu, no âmbito econômico, o estabelecimento da agroindústria açucareira e, no âmbito político-administrativo, implantação do sistema de Capitanias Hereditárias e, posteriormente, do Governo Geral.
A colonização foi feita no contexto do mercantilismo, destacando-se o monopólio comercial, ou exclusivo metropolitano, que dava para a burguesia portuguesa a exclusividade de comprar os produtos coloniais ao preço mais baixo possível, revendendo-os na Europa com grandes lucros. Por outro lado, a burguesia também tinha o direito de revender produtos europeus dentro do mercado colonial ao preço mais alto possível.
2. Economia açucareira
O açúcar já era conhecido dos europeus desde a época medieval, quando os cruzados o trouxeram do Oriente. Mais tarde, passou a ser cultivado, em pequena escala, no sul da Itália. Tanto do Oriente como do sul da Itália, o distribuidor era a República de Veneza, que vendia o açúcar em pequenas quantidades, dado seu grande valor. O açúcar passou a ser mais consumido quando Portugal começou a produzi-lo nas ilhas do Atlântico (Madeira e Cabo