O setor sucroalcooleiro paulista: mudança do uso da terra e evolução tecnológica no período da regulamentação
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM “ECONOMIA APLICADA” CURSO DE MESTRADO
BRUNO PISSINATO ORIENTADOR: PROF. DR. CARLOS EDUARDO DE FREITAS VIAN
“O SETOR SUCROALCOOLEIRO PAULISTA: MUDANÇA DO USO DA TERRA E EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NO PERÍODO DA REGULAMENTAÇÃO”
PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Dezembro / 2011
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O SETOR SUCROALCOOLEIRO PAULISTA: MUDANÇA DO USO DA TERRA E EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NO PERÍODO DA REGULAMENTAÇÃO
1.
Introdução
A crise econômica mundial do início da década de 1930 resultou em uma série de modificações nos âmbitos institucionais e governamental brasileiro. Exemplo disso foi a criação do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) em 1933, que implicou a instauração de um novo paradigma no setor sucroalcooleiro. O Estado passa a paulatinamente estabelecer as metas e diretrizes para a produção, como cotas de produção de açúcar e de álcool para as unidades industriais, e para comercialização, fixando os preços da tonelada de cana, do açúcar e do álcool. Entre 1930 e 1965 o Centro Sul, tradicional mercado consumidor, se tornou a região de maior importância no segmento ao contemplar as brechas advindas da crise do começo dos anos 1930 e do intervencionismo criado a partir de então, assim como o declínio de áreas tradicionais, no caso, o Nordeste (VIAN, 2003). Com as políticas adotadas e devido às características inerentes ao Estado de São Paulo, além da conseqüente decadência de Pernambuco, houve o deslocamento da importância relativa da produção alcooleira do primeiro para o segundo Estado. No entanto, a correta definição dos acontecimentos, conjunturas e estrutura do setor são caracterizados, de forma palpável, pelos diversos matizes nesse processo, como tecnologia, cotações do açúcar e do álcool, produção estadual, consumo e número de unidades industriais que funcionaram e a produtividade. As ações tomadas no sentido de obter ganhos de produtividade, tanto