Ciclo do Açúcar: Abordagem da produção do açúcar no Nordeste do século XIX
Abordagem da produção do açúcar no Nordeste do século XIX
Priscyla Moura luz
“Nordeste Açucareiro (1840-1875): Desafios num Processo do Vir-a-ser Capitalista, (UFS/SEPLAN/Banese, 1993)” é uma obra de Maria da Glória Santana de Almeida que tem um cunho bastante provocante no que se refere à análise da conjuntura econômica de Sergipe no século XIX. Com o intuito de levantar questões consideradas fechadas e clichês em relação à economia nordestina a autora enfoca a produção açucareira em meados do século XIX, mostrando os fatores que nos levaram a conhecer a economia açucareira nordestina como “Estagnada” e “Decadente” e nos mostra um século de grande dinamismo e mudanças. Ela utiliza o caso Sergipano, como comparação com todo o conjunto regional e centraliza a sua pesquisa, partindo da década de 1840, nesses 35 anos do que a autora chamou de “mudanças jamais vistas em toda história anterior”.
Professora sergipana, Maria da Glória Santana de Almeida, foi docente de História antiga e medieval da Universidade Federal de Sergipe e pesquisadora da história de Sergipe. Publicou diversos trabalhos em simpósios e revistas brasileiras. Mestre em História Política do Brasil pela Universidade de Brasília, membro do Conselho Estadual de Cultura e ex-diretora e atual sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
O seu trabalho foi dividido em duas partes, onde na primeira explica a problemática no Nordeste açucareiro enfatizando a crise que a economia açucareira teria presenciado a partir da década de 1830. Iniciando com uma visão historiográfica tenta-se compreender os fenômenos da região brasileira que perdeu a liderança política e econômica no cenário nacional, que na opinião de Eisemberg a crise da década de 1830 foi decorrente da perda de mão-de-obra escrava e pela concorrência da beterraba a nível mundial, pois a produção do açúcar de beterraba foi privilegiada pelo rígido pacto de interesses montado entre os Estados francês e