Cancro
Em determinadas situações patológicas, as mutações são diretamente transmitidas dos pais para os filhos, sendo por si suficientes para aumentar a possibilidade de formação de tumores.
O leque de possíveis causas genéticas para o cancro estende-se a mais de uma centena de síndromes genéticos raros. Apesar de estas síndromes afetarem um número limitado de pacientes, o seu estudo tem-se revelado crucial na compreensão dos processos moleculares do desenvolvimento tumoral, permitindo identificar novos fatores chave e alvos de novas estratégias terapêuticas.
O artigo “Mutations in SPRTN”, publicado esta semana na revista Nature Genetics, identifica um novo gene envolvido na manutenção da estabilidade genética e adiciona um pedaço crucial de informação no puzzle molecular oncológico e de envelhecimento.
O trabalho, fruto de uma colaboração apertada entre médicos, geneticistas e biólogos moleculares permitiu identificar uma nova situação patológica, envelhecimento precoce e formação de tumor no fígado, uma nova causa genética, mutações no gene SPRTN, e identificar a função da proteína Spartan responsável pela instabilidade genética.
O nosso grupo de investigação do CRUK/MRC Oxford Institute for Radiation Oncology da Universidade de Oxford descobriu que a proteína Spartan (SPTRN) é importante para a replicação do DNA e na regulação do checkpoint celular através de mecanismo “barreira” que previne a transmissão de alterações no DNA da célula mãe para as células filhas.