OS CICLOS ECONOMICOS
1. Qual foi o legado sócio-politico- econômico do ciclo do açúcar? As exportações de açúcar representaram o eixo econômico da colônia, no período que se estende do século XVI, até o final do século XVIII. Sendo assim, o ciclo açucareiro deixou profundas marcas sobre a organização e o funcionamento da economia brasileira, inclusive até os dias atuais. Em primeiro lugar a monocultura exportadora da cana-de-açúcar exigia o cultivo em larga escala, razão pela qual as fazendas ocupavam extensas áreas do território colonial. Deu-se início nessa época, portanto, a uma forma de apropriação de terras caracterizada pela existências de propriedades fundiárias. Outra herança do ciclo do açúcar foi a expansão territorial do Brasil, proporcionada graças à defesa do monopólio açucareiro. O resguardo das riquezas provenientes das exportações estimulou o alargamento da fronteira, incentivando o povoamento de novas áreas. Por último, podemos destacar a mudança no perfil populacional da colônia, em virtude da exportação açucareira. A importação maciça de escravos africanos para o trabalho nos polos açucareiros mais importantes (como Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Vicente) fez da figura do negro um novo componente na população colonial brasileiro.
2. Que relação pode ser estabelecida entre mineração e formação do mercado interno? A atividade mineradora era certamente mais propícia para a formação de um mercado interno na colônia, em comparação com a exploração açucareira. A produção aurífera deu origem a novas formas de trabalho escravo, além de abrir espaço para a atuação de empreendedores de pequeno porte. Em decorrência da menor concentração de renda verificada, havia certo incentivo para a produção de gêneros de consumo corrente dentro da colônia. Assim, o desenvolvimento de atividades acessórias para a manutenção da produção mineradora, como a agricultura e a pecuária, constituiu um embrião de mercado interno na época colonial.
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