Ciclos Econômicos
Para se entender o contexto de crises, é preciso entender como funciona a economia de modo geral. Um aspecto importante para se ter em mente quando se estuda os contextos das recessões econômicas são as teorias de ciclos econômicos. Desse forma, é preciso destacar que a economia não é uma linha reta de crescimento uniforme. Ela é na verdade flutuações que acompanham picos e depressões, que, de acordo com cada teoria ou corrente de pensamento, variam em causas e motivos. Portando, o estudo dos ciclos econômicos não é uma análise de um único setor de economia, mas sim uma análise de forma generalizada dos agentes econômicos em conjunto.
Definições gerais
Joseph Schumpeter, em 1939, definiu os ciclos econômicos em 4 fases: (1) boom; (2) recessão; (3) depressão; (4) recuperação.
O “boom” é o processo pelo qual o mercado passa por um crescimento geral, no qual se há muito empreendimentos em andamento e crescente concessão de crédito e empréstimo. É a fase na qual o mercado é aquecido e extremamente rentável, onde se há muitos investimentos e alocação de recursos.
A recessão é por definição a desaceleração do crescimento e bonança da fase anterior. É um processo de reajuste e ponderação e estudos dos investimentos feitos. É a fase pela qual se é repensado a lucratividade dos empreendimentos anteriores a essa fase.
A depressão é a fase na qual é observado que muitos investimentos feitos anteriormente não terão lucros e que as expectativas do mercado não corresponderam com a realidade. É registrado falências generalizadas de empresas, retenção de crédito, baixo crescimento e desemprego. Não necessariamente uma fase de extremo crescimento (boom) se leva a uma depressão, mas sempre há um boom antes de uma depressão, e a depressão varia de acordo com a intensidade do boom. Quanto maior o boom mais duradoura é a depressão.
A recuperação é o período em que a economia volta ao seu padrão normal, uma fase em que o mercado se reajusta e os recursos são