Pensamento criminologico
A Cultura do Controle – crime e ordem social na sociedade contemporânea
David Garland
RESENHA
Caxias do Sul, 1° semestre 2012 A obra é a analise da realidade britânica, norte americana, e realidade brasileira. Quem almeja entender por que o Brasil possui cada vez mais pessoas presas encontrará no exemplo dos EUA, o país que proporcionalmente mais encarcera seres humanos no planeta, similitudes perturbadoras. A reinvenção da prisão como pena e a transformação do pensamento criminológico, com a ascensão dos discursos de “lei e ordem”, que moldaram políticas criminais visceralmente repressivas como “tolerância zero”. Autores têm trabalhos marcados pela visão global da criminologia no nosso continente, a natureza dependente do capitalismo da região, o que significa dizer que as políticas e práticas dos países centrais normalmente encontram ressonância em nosso continente, pois as elites latinas, os “especialistas” formadores de opinião, importam tais experiências alienígenas, divulgam-nas nos seus círculos de conhecimento e tentam implementá-la nas instituições dos sistemas penais domésticos. Afirmando que a reprodução das práticas e políticas dos países centrais nas sociedades latino-americanas tem o inconveniente de gerar processos cujos resultados freqüentemente são imprevisíveis para nós mesmos. Embora estejamos fadados a repetir as praticas político criminais dos EUA e da Grã-Bretanha, é bastante seguro prever que tal repetição nunca se equiparará em termos de intensidade, a sua experiência original por três fatores:
- menos fontes e menor flexibilidade na criação do direito;
- os orçamentos mais modestos dos países latino-americanos;
- escassez de recursos aliada ao lastimável estado de nossas instituições penais. A criminologia que preconizava a (re) inclusão do individuo no tecido social em vez de sua exclusão ou eliminação. O crime como um problema social e apregoava que tanto as