resenha
7
As formas de abordagem e tratamento da questão penitenciaria vêm se transformando e se tornando mais a complexas ao longo dos tempos, á luz da evolução do pensamento criminológico, e tendo em vista a obvia complexidade dos problemas ai envolvidos.
Na década de 70, a forma de abordagem era chamada de unilinear. A questão penitenciaria era tratada sob dois enfoques básicos, quase independentes entre si; dai sua linearidade. Os enfoques era o da segurança e o da saúde. A segurança era questão prioritária e tudo girava em torno dela, em função dela. O primeiro preceito, o primeiro quesito a ser respeitado, para se realizar qualquer trabalho, para o preso exercer qualquer atividade, era o da segurança.
Havia dois poderes bem distintos, cada um com sua leitura, com sua compreensão do home preso e das prisão: poder da equipe de segurança e o poder da equipe médica. Para a equipe de segurança oi preso era presumivelmente um individuo perigoso; para a equipe medica, ele era presumivelmente um individuo portador de alguma forma de desvio de conduta.
A equipe medica reconheceu a necessidade de se fazer assessorar por outros profissionais, no caso, o assistente social e o psicólogo.
A partir de 1984, as equipes de pericias criminológicas começaram a realizar nesse presidio os exames criminológicos, os quais se compunham do estudo jurídico, estudo social, exame psiquiátrico, exame psicológico, discussão e conclusão. Era inicio de um esboço de interdisciplinaridade, ao nível do trabalho da equipe técnica, Para tanto, exige-se, da parte técnicos, que são profissionais de saúde, uma revisão de seu conceito de saúde.
Da parte dos profissionais da segurança, exige-se que eles abram mão de suas predisposições negativas em relação aos internos, do domínio que querem ter sobre a prisão, por meio da manutenção da hegemonia da segurança, pela qual eles mantem a hegemonia de seu poder.
Ora, quando se fala de necessidade da participação da sociedade, oi, que seja,