Comentário crítico ao mecanismo de bode expiatório
René Girard, é um americano nascido em França nasceu em 25 de Dezembro de 1923, é um histórico, crítico e filósofo de ciência social. É autor de quase 30 livros. Desenvolveu várias teorias entre estas o mecanismo de bode expiratório como a origem do sacrifício e da fundação da cultura humana.
O homem cresce num meio social que lhe impõe constrangimentos específicos que não existem ao nível animal. Os homens imitam os desejos uns dos outros e por isso mesmo estão inclinados para o que Girard chama de rivalidade mimética, e todas a rivalidades tendem a agravar-se. Nos animais as rivalidades manifestam-se nos combates, normalmente por fêmeas, mas não acabam em morte, o combatente mais fraco rende-se e é poupado. No entanto no homem é diferente.
Se analisarmos os mitos antigos com atenção é possível concluir que a maior parte envolvem uma crise, seja social ou natural. Quando dois individuos desejam a mesma coisa, adere um terceiro e adiante, criando um conflito interno nestas sociedades primitivas, o que originou a destruição de muitas delas. Girard diz que existe solução para este problema.
Quando os individuos disputam a posse de um objeto jamais se entenderão, irão continuar a lutar, mas no decorrer da batalha tal objeto é frequentemente destruído e o atagonismo termina. Uma reconciliação é possível, homens que querem a mesma coisa nunca se entenderão, mas homens que odeiam a mesma coisa entender-se-ão muito facilmente, Girard define este fenómeno como o mescanismo do bode expiatório.
Quando os indivíduos esquecem o seu próprio adversário para adotar o adversário do seu vizinho, que parece mais interessante por exemplo, irá chegar a um ponto em que toda a comunidade estará do mesmo lado contra um único indivíduo, que afinal de contas nem se sabe o porquê de ter sido escolhido.
No conto de Édipo vê-se este fenómeno no momento em que se crê que este é o responsável pela crise, e tal